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Filme Barbie – Complexidade do Relacionamento entre pais

Agora que o filme já saiu de cartaz a muito tempo, fico a vontade de falar sobre o tema e não parecer estar querendo pegar carona no sucesso do mesmo.

Sim, brinquei de Barbie por muitos anos com minha filha, até os seus 8 anos de idade, mais ou menos. Como foi importante entender a mudança de linguagem ao me relacionar com ela, respeitando suas mudanças e adaptando meu repertório de habilidades para saber lidar com uma pré-adolescente.

Foi exatamente este ponto que me pegou no filme.

O filme da Barbie (2023) mergulha na jornada emocionante e desafiadora de uma mãe e sua filha, destacando a difícil relação entre as duas e as lições valiosas que aprendem ao longo do caminho.

A trama do filme gira em torno de Lisa, uma mãe trabalhadora e bem-sucedida, e sua filha adolescente, Emily. Lisa é uma mulher dedicada à sua carreira, esforçando-se para dar a Emily a melhor educação e as oportunidades que ela própria não teve. No entanto, sua dedicação ao trabalho a deixa frequentemente ausente em momentos importantes da vida de Emily. Por outro lado, Emily é uma jovem talentosa, mas que luta para encontrar seu próprio caminho em meio à pressão e expectativas que sente de sua mãe. Ela anseia por conexão emocional e compreensão, mas muitas vezes sente que sua mãe não a entende ou não tem tempo para ouvi-la.

Mãe e filha enfrentam uma série de conflitos e desafios em seu relacionamento. Os sentimentos de Emily de abandono e incompreensão a levam a buscar aceitação em outros lugares, enquanto Lisa, ciente de suas falhas, tenta se reconectar com a filha e corrigir os erros do passado. Essa vontade de se reconectar é que vai catapultar as mudanças que ocorrem na boneca Barbie durante o filme.

Lisa percebe que, apesar de seus esforços bem-intencionados para proporcionar o melhor à filha, pode ter negligenciado a importância de estar presente emocionalmente e compreender as mudanças de sua filha, principalmente na fase de pré-adolescência, onde, em muitos casos, meninas não brincam mais de bonecas.

Da minha relação com a minha filha, brincava de action figure e Barbie, depois passamos a conversar sobre música e Boybands, depois carreira e agora falamos sobre casamento. Tudo isso faz parte e a vida segue o seu rumo, onde filhos crescem e se tornam os novos pais. Tentar estacionar em uma época só porque ela foi muito marcante não nos permite curtir em plenitude as outras fases e atrapalha na hora de utilizar a linguagem correta.

Você quer saber se Brenda me chamar para brincar de boneca, se eu iria? Hummmm, acho que seria estranho, afinal ela tem 23 anos, todavia, acho que iria sim.

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