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Louvor na Igreja: músicas novas ou antigas?

Uma coisa que aprendi a respeito da Igreja  Metodista foi que John Wesley, seu fundador,  teve a experiência do coração aquecido em uma reunião que tinha todas as características de um encontro “não pentecostal”. Apesar disso, ele abriu o coração e permitiu  ser tocado e, com isso, uma mudança interna (visão) e externa (ação) aconteceu, o que é celebrado sempre em Maio nas igrejas deste seguimento.

Neste momento você pode estar se perguntando “muito bem, mas, porque está escrevendo isso”?

Sempre ensinei que independente de quem pregue em um culto (ou como pregue), independente do ministério de música que toque, como toque ou o que toque, é cada pessoa da assembleia reunida no culto que decide se vai abrir o coração para a mensagem ou louvar a Deus através das canções ministradas. O pregador pode ser o mais carismático e ter decorado a Bíblia inteira ou simplesmente ser feita leitura de um antigo comentário escrito pelo reformador Martinho Lutero sobre a Carta aos Romanos, se a pessoa decide fechar o seu coração…nada acontece. Da mesma forma com a música? Claro que sim! Eu posso chamar o Adhemar de Campos com seu ministério ou ter um simples violão tocando os clássicos do Hinário evangélico, se fecho o meu coração…

Porque digo isso? Porque é comum presenciar comentários (na tentativa de um condicionamento inconsciente) a respeito de canções antigas serem melhores que as novas (ou recentes). Deus é tão tremendo que fez cada Ser Humano de um jeito e com gostos diferentes. Uns gostam de utilizar rascunhos feitos a mão para dar aula na Escola Dominical e outros preferem utilizar o que a tecnologia tem de mais moderno. Existe problema em fazer rascunhos a mão? Claro que não! Da mesma forma, tecnologia é sempre bem vinda para comunicar a graça de Deus. Para não ficar somente nas minhas palavras, Romanos 14 diz:  “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.” (Romanos 14:5,6)

Então as canções antigas são melhores que as novas? Claro que não! Tão pouco as novas melhores que as clássicas. São somente canções diferentes, em épocas diferentes, que atendem a demandas de pessoas diferentes. Só isso! Existem canções novas com problemas em seus ensinamentos? Sim, muitas, mas isso não é uma exclusividade de nossa década, certo?

Vejamos o que estes tipos de comentários podem gerar:

– Um coração  que fica dependente de um ministrante para falar com Deus

– Um coração julgador, que está mais interessado no “porque está cantando isso” do que “Deus está aqui, louvado seja o Senhor”

– Um coração que não se preocupa nem com a obra e muito menos com o irmão, pois, como não concorda com o que se canta (por questão de gosto), passa a chegar atrasado de propósito (chegar depois do louvor).

– Um campo fértil para a ação do inimigo de nossas almas, pois, se a pessoa não tenta entender os “porquês” do ministério estar cantando determinada canções; se ela reclama (murmura) pelos cantos, condicionando outros irmãos; se ela não se envolve com a obra…temos um quadro típico de alguém que precisa urgentemente ser discipulado.

Minha intenção com este artigo é chamar a atenção para o tipo de rastro que estamos deixando com nossas atitudes e comentários. Que efeitos tem causado na Igreja ou no nosso meio social.

Foquemos no anuncio do evangelho, foquemos em apresentar a graça de Deus derramada através do sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo e deixemos nossos gostos de lado. Precisamos ajudar as pessoas a amar o próximo e não dar ferramentas para que julguem o próximo.

Amo canções clássicas e gosto de muitas novas. Devemos fugir das canções com problemas doutrinários, mas jamais fazer comparações.

Deny Libéttener

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